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13-07-2005

Crise de crescimento na União Europeia?


Opinião

Pode parecer natural que o que se passa na União Europeia seja fruto de um crescimento que desejariam mais rápido, a cimentar as suas estruturas perante um mundo, algo perturbado, sob o ponto de vista financeiro e moral, neste aspecto a sugerir o fim das grandes civilizações como a do Egipto, da Grécia e de Roma. Na realidade, para além da adesão que vai em 25 países, há outras causas que podiam pôr em causa a U.E. que tentamos enumerar com a credibilidade possível.

A existência de Nações com problemas importantes de défice, com crises de que se fala com preocupação, nomeadamente da Itália, Grécia e Portugal. Mas outras razões de descontentamento podem ser apontadas na U.E.: 1) Uma demasiada interferência de Bruxelas a limitar o aproveitamento de riqueza de alguns países, nomeadamente a partir das suas condições naturais; 2) Excessiva legislação de Bruxelas, com Leis corrigidas por muitas Portarias durante o ano, sinal de precipitação ou insuficiente conhecimento de cada um dos Estados aderentes; 3) Nações que dão sinais de “cansadas” em continuar como contribuintes líquidos para as Nações mais necessitadas; 4) a possibilidade remota de Instituições da U.E. terem legislado sem conhecimento de Instituições semelhantes de diferentes países da União, sobre assuntos que previamente tenham tomado posição.

É difícil contornar situações que se vão arrastando sem se verificar mais rapidamente os efeitos desejados, como o grande atraso da Alemanha de Leste que, só após a queda do muro de Berlim, foi recuperada pelo seu País, as dificuldades da Itália e as crises de Portugal e da Grécia. Entre nós, pela adopção de sermos um Estado Social, que, embora necessário, tem de produzir riqueza para o sustentar, o que não tem feito.

Ora os primórdios da CEE, sob a forma de CEE, criada em 1958, pelo Tratado de Roma englobava seis países, tendo sido um sucesso natural, apenas divergido pelo General De Gaule que se opunha à adesão da Grã-Bretanha.

Com a adesão dos Países da Europa de Leste, ainda por completar, esperava-se agregar a Velha Europa numa Nova Europa, pelo que talvez muito cedo se começou a pensar numa Federação, atendendo ao sucesso dos USA.

Mas a diferença é muito grande, pois na Europa são muitos os países com muitos séculos de existência e uma história que hoje faz parte da história mundial. Todavia, outros interesses financeiros dividiram, mesmo que supercialmente, a Europa e em que comungaram países da CEE, com impossibilidades apontadas a outros que nem todos cumpriram, como a Grã-Bretanha e a Comunidade Britânica, a Alemanha dividida desde o fim da guerra de 1939 e Portugal no que respeita aos territórios Ultramarinos.

Um pouco por tudo isto, é possível que na Convenção tenha procurado introduzir uma centralização do poder executivo, talvez a pensar na Federação. Mas foi demasiado sigilosa e, possivelmente, não se sabe se os governos dos diferentes 25 países deram sobre ela alguma opinião. Pelas reacções dos dois países fundadores, a França e a Holanda, estou crente que não, ou então os seus dirigentes não conhecem bem as suas populações.

Por outro lado, os que escreveram a Convenção, esqueceram-se igualmente de conhecer, no mínimo, as populações, além de lhes passar despercebida a importância de repensar a economia dos Estados da União.

Foram também infelizes não os que propuseram, mas os que aceitaram abrir as fronteiras aos têxteis e até (?) o calçado da China, pondo em risco o aumento substancial do desemprego na Europa, para recorrerem mais gravosamente ao Estado Social, já em crise. Fronteiras abertas que os USA não consentiram, negociando cotas.

Mas outras razões podem ser apontadas, difíceis de compreender sob o prisma da liberdade como da democracia, em que, gastando os subsídios de um País, deixa em tempo oportuno maior número de desempregados, como tem acontecido, de há muito entre nós com as deslocalizações de Empresas Industriais.

Ao mesmo tempo, de forma difícil de aceitar, tem-se subvertido entre nós, a honestidade do trabalho agrícola e de outros sectores profissionais, como se fossem trabalhos sem qualquer categoria, levando os jovens à procura de estudos em Institutos ou Universidades, onde no fim não encontram colocações. Daqui, também crises de desemprego, com uns a sobreviver de subsídios, outros em casa dos pais ou a drogarem-se na tentativa de sustentarem as suas preocupações ou desilusões.

Todos somos um pouco responsáveis pela inépcia de Governos, ausência de verdade, e aceitarmos uma propaganda e Informação, como se a Revolução de Abril tivesse que ser isto. Importa que em cada português se encontre também boa vontade, compreensão e coragem de tentar corrigir o que lhe parece errado. Sim à contribuição da verdade, não à subserviência da mentira.

É por isso importante, nomeadamente para os políticos, que recuperem a credibilidade perdida, sejam os que estão na Europa ou que vivem em Portugal, tendo a honestidade de dizer a verdade dos factos e defender o futuro de Portugal, criando riqueza, recuperando a moral social, educando a juventude e profissionalizando-a.

O mesmo para as Regiões, Distritos e Concelhos, respeitando o que é do Estado e o que é dos particulares, para que a dignidade e esperança que trouxeram quando foram eleitos seja superior ou igual na hora da despedida.

E assim Portugal será melhor, ajudando à crise de crescimento que é também de confiança, da União Europeia.

F. Amaral Gomes*
*Neurocirurgião


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